quarta-feira, 18 de julho de 2007

Vítimas vão receber 478,8 milhões de euros

"Pedofilia não é exclusividade da Igreja católica"

A pedofilia não é um problema só da Igreja católica. Outras instituições precisam de reconhecer e combater tal "perversidade"
O porta-voz do Vaticano afirmou que a pedofilia não é exclusividade da Igreja católica, ao comentar o acordo financeiro feito entre a Arquidiocese de Los Angeles com 508 supostas vítimas de abuso sexual por sacerdotes. Numa nota publicada na página da internet da Rádio do Vaticano, o padre Frederico Lombardi lamentou os incidentes envolvendo sacerdotes, religiosos e laicos da arquidiocese norte-americana .“A Igreja está evidentemente angustiada pelo sofrimento das vítimas e de suas famílias, pelas feridas causadas por comportamentos graves e indesculpáveis de diversos de seus membros e está decidida a esforçar-se para evitar a repetição de infâmias iguais a essas”, salienta. Este acordo é um sinal do compromisso da Igreja em fechar uma "página dolorosa" e passar a olhar para a frente, “na linha da prevenção e da criação de um ambiente sempre mais seguro para as crianças e os jovens em todos os âmbitos da pastoral da Igreja”. “Como o problema dos abusos contra a infância e sua adequada tutela não se refere de jeito nenhum somente à Igreja, mas também a muitas outras instituições, é justo que estas também tomem as medidas necessárias”, recomendou o director da Sala de Imprensa do Vaticano. O cardeal Roger Mahony, arcebispo de Los Angeles, disse que os abusos contra os menores são um pecado e um crime. De acordo com este responsável, não há lugar no clero para quem usa violência contra as crianças. Além do acordo monetário, a arquidiocese está a fazer um trabalho para evitar novos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes.O acordo envolve 508 supostas vítimas, em casos que remontam à década de 1940. A negociação demorou quatro anos e meio. Para pagar o montante às vítimas, a arquidiocese vai vender património, inclusive a sede do arcebispado e recorrer a seguradoras e a várias ordens católicas.
Fonte: Lucília Oliveira FÁTIMA MISSIONÁRIA

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